quinta-feira, 29 de março de 2018

APÓS LANÇAR OPERADORA, AGORA CORREIOS QUER OFERECER CONTAS DIGITAIS


A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), mais conhecida simplesmente como Correios, surpreendeu a todos em 2017 ao lançar a Correios Celular, sua própria operadora virtual que utiliza a infraestrutura da Surf Telecom. Tudo indica que a ideia de adentrar no mercado de tecnologia deu certo, pois, de acordo com informações do Teletime, a companhia agora está planejando oferecer contas digitais.
Ainda não há muitas informações disponíveis — tudo o que se sabe é que a própria Surf conseguiu uma autorização do Banco Central (Bacen) para atuar nesse ramo, tendo sob sua custódia até US$ 500 milhões. Tudo indica que o objetivo é fundar um novo serviço no melhor estilo fintech, seguindo o mesmo modelo de startups de sucesso como Nubank, Neon e Conta Um.
De acordo com informações oferecidas pela própria companhia, o Correios Celular já ostenta 111 mil linhas em serviço, sendo que a média de entrada de novos usuários é de 9 mil por mês em 30 DDDs diferentes. Desde a inauguração do serviço, já foram registradas 144 mil recargas com um ticket médio de R$ 33,40 por mês, o que resultou em um faturamento de R$ 1,2 milhão.
 FONTE:https://canaltech.com.br/telecom/apos-lancar-operadora-agora-correios-quer-oferecer-servicos-bancarios-digitais-110778/



sábado, 24 de março de 2018

MPF NO RIO DENUNCIA ESQUEMA CRIMINOSO NOS CORREIOS

Correios: investigações apontam que houve um desvio superior a R$ 7 milhões em esquema criminoso (Raquel Dias/Correios/Divulgação)

Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) denunciou hoje (23) o ex-diretor regional dos Correios, Omar de Assis Moreira, e a filha dele Juliana de Almeida Moreira, por fraudes no plano de saúde da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). De acordo com o MPF/RJ, o caso é parte de um esquema criminoso operado entre agosto de 2011 e abril de 2013 na Gerência de Saúde da ECT do Rio de Janeiro. As investigações apontam que houve um desvio superior a R$ 7 milhões no esquema, desarticulado pela Operação Titanium conduzida pela ECT e pela Polícia Federal, em 2013.

“As investigações revelaram um grande esquema de corrupção na Gerência de Saúde dos Correios no Rio, tendo atingido a própria diretoria da empresa”, disse o autor da denúncia, o procurador da República Sérgio Pinel.
Conforme o MPF/RJ, Omar Moreira, com participação de Daniel de Melo Nunes, também denunciado, solicitou vantagem indevida na contratação de Juliana por uma revendedora de material cirúrgico. A contrapartida, era feita pelos envolvidos, que colaboraram com o desvio de R$ 110 mil do plano de saúde dos Correios para cobrir pagamento de materiais cirúrgicos superfaturados da empresa hospitalar.
O MPF informou ainda que, depois da contratação de filha de Omar pela revendedora, o ex-diretor encaminhou o credenciamento imediato da empresa hospitalar ao plano de saúde da companhia. Além disso, atuou para agilizar o pagamento de cirurgias custeadas pelo plano.
As investigações indicaram, também, superfaturamento de 900% no preço do material fornecido pela empresa e utilizado em cirurgia. Em um dos casos, a empresa comprou material cirúrgico por R$ 3,6 mil e os revendeu por R$ 36,5 mil. Segundo o MPF, Juliana foi beneficiada porque parte dos valores desviados dos Correios em benefício da empresa foi destinada a ela, uma vez que os vendedores de material recebiam comissão de 5%. Outros 20% dos valores eram destinados ao ex-diretor.

Condenações

Ainda no âmbito da Operação Titanium, a Justiça Federal condenou, na terça-feira (20) o administrador Luís Henrique Barcelos a 11 anos, um mês e 22 dias de reclusão por peculato e lavagem de dinheiro. Ele terá também que fazer o ressarcimento de R$ 840 mil pelos danos causados à ECT pelos crimes de peculato e lavagem de ativos.
Na mesma sentença, foi condenado por lavagem de dinheiro o ex-gerente dos Correios Marcos da Silva Esteves, com pena de três anos, dez meses e 15 dias de reclusão. Essa não foi a primeira condenação de Esteves, que em fevereiro do ano passado já havia sido condenado, por peculato, a 14 anos, 9 meses e 27 dias de reclusão, em regime inicial fechado, bem como ao pagamento de multa e ressarcimento do valor subtraído.
As investigações indicaram que, no caso de Luís Henrique, os desvios de recursos da estatal teriam sido cometidos por meio de pagamentos ilícitos para beneficiar o Hospital Prontocor, integrante da rede credenciada do plano de saúde. Os pagamentos foram por meio de três notas fiscais, com datas de junho de 2011, setembro de 2011 e fevereiro de 2012, que teriam totalizados cerca de R$ 840 mil. O condenado emitiu ainda notas fraudulentas que sabia não corresponder a serviços prestados, além de ter prometido vantagens indevidas ao então gerente dos Correios Marcos da Silva. As partes ainda podem recorrer da sentença.
FONTE:https://exame.abril.com.br/negocios/mpf-no-rio-denuncia-esquema-criminoso-nos-correios/


sexta-feira, 23 de março de 2018

MPF DENUNCIA EX-DIRETOR POR FRAUDES EM PLANO DE SAÚDE DOS CORREIOS

Correios: mais um escândalo (Júlio Zerbatto/Futura Press/Folhapress)

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-diretor Regional dos Correios, Omar de Assis Moreira, e sua filha Juliana de Almeida Moreira, por fraudes no plano de Saúde da Empresa (ECT). O
caso é parte de um esquema criminoso na gerência de saúde da ECT do Rio, que desviou mais de R$ 7 milhões e foi desarticulado após a Operação Titanium, em 2013.
O esquema criminoso operou entre agosto de 2011 e abril de 2013.
FONTE:https://veja.abril.com.br/blog/radar/mpf-denuncia-ex-diretor-por-fraudes-em-plano-de-saude-dos-correios/


quarta-feira, 14 de março de 2018

OS 5 ERROS QUE LEVARAM OS CORREIOS À PENÚRIA


 (Elza Fiuza/Agência Brasil)

São Paulo – A recente greve dos funcionários dos Correios, que terminou ontem na maioria dos Estados, é mais um capítulo da crise instalada há anos na estatal. Reclamações de usuários insatisfeitos brotam aos montes na internet, com relatos de atrasos e extravios de entregas.

Junto a isso vem a briga com um de seus principais clientes, o Mercado Livre, que recentemente ganhou na Justiça uma liminar contra o aumento do preço do frete.

E, é claro, há ainda as perdas bilionárias: há cinco anos que empresa opera no vermelho; só em 2017 o prejuízo foi de 2 bilhões de reais.
Um cenário tão sombrio obviamente não surge da noite para o dia. E o fato é que os Correios têm tomado decisões ruins há muito tempo. Um relatório da CGU (Controladoria Geral da União) publicado no final do ano passado apontava que os Correios corriam o risco de se tornarem uma empresa dependente do Estado, caso não fizesse mudanças drásticas em sua administração.
site EXAME conversou com analistas para entender quais foram os principais erros da companhia que a levaram ladeira abaixo – e quais os caminhos de saída ainda restam para a empresa. Veja a seguir:

1- Aparelhamento político

O uso dos cargos de direção dos Correios como moeda de troca política é apontado como o principal nó causador de estragos na companhia ao longo dos anos. A indicação política de diretores, e até de cargos de escalões mais baixos, tem colocado a estatal nas mãos de pessoas com pouca experiência em gestão, avaliam os analistas.
Com mais de 100 mil funcionários e 6 mil agências espalhadas pelo país, a estatal tem uma estrutura complexa e precisa ser administrada por quem entenda sua operação.
“A politização cresceu na empresa. Hoje os políticos indicam, se brincar, até chefe da agencia. Isso comprometeu a qualidade da gestão. Essas pessoas adotam medidas que só pioram a situação, querem economizar cortando onde não pode cortar”, afirma Marcos César Alves Silva, representante dos funcionários no Conselho de Administração da empresa.

2 – Retirada de dividendos

Nos últimos anos, o governo federal retirou nada menos que 6 bilhões de reais do caixa dos Correios, segundo o presidente da estatal Guilherme Campos, o que comprometeu a saúde financeira da empresa.
O estatuto dos Correios determina um percentual mínimo de 25% do lucro líquido ajustado para pagamento de dividendos à União.
Porém, uma auditoria feita pela CGU (Controladoria Geral da União) mostrou que as retiradas nos últimos anos têm ficado bem acima desse montante, com “a destinação de dividendos na ordem de 50% do lucro, por determinação da União, desde o exercício de 2006”, diz o relatório.

3 – Tarifas congeladas e mais custos

Não bastassem as gordas retiradas, o governo federal também definiu o congelamento das tarifas no período entre 2012 e 2014, o que levou a uma perda de receita da ordem de 1,2 bilhão de reais na época, afirma Silva.
Somado a isso, em 2014 também entrou em vigor uma regra que obriga os Correios a considerarem em seu balanço os benefícios pós-emprego. Esses benefícios são destinados aos empregados aposentados e são compostos, basicamente, por serviços médicos para eles e seus dependentes e previdência complementar. Os custos do pós-emprego são altos e comeram os lucros.

4 – Cortes equivocados

As medidas relatadas acima deixaram a estatal com o caixa super apertado e uma solução foi reduzir a empresa. Só em 2017, os Correios fizeram três planos de demissão voluntária, com a meta de fechar 8.200 vagas. Outra estratégia foi fechar agências. No ano passado a empresa anunciou o fechamento de 250 unidades.
Porém, isso se refletiu numa queda na qualidade do serviço, sentida pelo usuário que demora mais tempo para receber a correspondência ou precisa ir mais longe para encontrar uma agêncial postal.
“O foco era diminuir custos da folha salarial, mas fizeram isso sem correlacionar com a qualidade do serviço prestado”, avalia Tadeu Gomes Teixeira, professor de administração na Universidade Federal do Maranhão e autor de um livro sobre os Correios.
“A empresa precisa redimensionar o tamanho dos distritos de distribuição e contratar mais carteiros, pois a população que não é atendida que percebe o quanto o serviço está ruim, além das atividades empresariais que precisam do serviço postal”, completa.

5 – Distância do e-commerce

Paradoxalmente, a crise dos Correios acontece num momento em que o mercado de encomendas cresce em todo o mundo, devido à expansão do e-commerce. Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), esse mercado tem crescido a uma média  20% ao ano, alta que não tem sido acompanhada pela estatal.
“Eles têm perdido oportunidades, as lojas virtuais estão buscando transportadoras privadas, e a participação dos Correios nas entregas tem diminuído”, afirma Mauricio Salvador, presidente da entidade.
Salvador cita experiências internacionais que mostram caminhos possíveis aos Correios, como os serviços postais da França e da Alemanha. Segundo ele, um ponto crucial é o investimento em tecnologia.
“Há uma má gestão em relação ao uso do capital. Eles poderiam investir em integração de sistemas e automação dos centros de distribuição. A tendência lá fora é essa. A DHL é totalmente automatizada, isso reduz preço e aumenta o nível de qualidade e rapidez das entregas”, afirma.

Qual a saída?

Com tantos problemas, o governo federal já levantou a possibilidade de privatizar a ECT, ou ainda abrir o capital da empresa. Salvador, da ABComm, é uma das vozes favoráveis à privatização. “O governo não tem competência para administrar”, avalia.
Porém, há o temor de que, privatizada, a empresa deixe de atender lugares distantes, pouco lucrativos para a operação. Para Tadeu Teixeira, a privatização não deve ser a primeira opção, mas a abertura do capital da empresa. “No contexto da União Europeia, as privatizações conduziram a um rápido processo de formação de oligopólios. Além disso, o atendimento a áreas não rentáveis ficaria em risco”, avalia.
Já o conselheiro Marcos César Alves Silva, acredita que a discussão sobre a privatização surge de forma equivocada. “A solução é fazer a gestão profissional da empresa. Não tenho dúvidas de que com isso seríamos uma empresa lucrativa.”
FONTE:https://exame.abril.com.br/negocios/os-5-erros-que-levaram-os-correios-a-penuria/


segunda-feira, 12 de março de 2018

TRABALHADORES DOS CORREIOS INICIAM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO


Os trabalhadores dos Correios entram em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, 12, em todo o país. A mobilização nacional, que começa às 10h, teve adesão dos servidores da Bahia, após assembleia realizada na última segunda, 5, pelo sindicato da categoria (Sincotelba).
A greve foi iniciada porque os trabalhadores não concordam com mudanças realizadas no plano de saúde da empresa, que preveem o pagamento das mensalidades pelos funcionários e a retirada de dependentes dos contratos.
“Além disso, o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900",, informou em nota a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), ressaltando que o salário médio dos trabalhadores dos Correios é de R$ 1,6 mil, “o pior salário entre empresas públicas e estatais”.
O início da greve coincide com o julgamento sobre o plano de saúde dos trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST), também marcado para esta segunda, referente à última negociação salarial.
Entre outras reivindicações, os trabalhadores são contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários; a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; a suspensão das férias dos trabalhadores; a extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa.
Além disso, entre as demandas da categoria estão a contratação de novos funcionários por meio de concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão.
A federação também é contra a extinção e terceirização do cargo de operador de triagem e transbordo, “importante para o movimento do fluxo postal interno”. “Para piorar a situação, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2.500 agências próprias, por todo o Brasil”, diz a nota da Fentect.
Para a categoria, o “desmonte” promovido pela gestão dos Correios tende a prejudicar ainda mais os serviços à população. “A Fentect esclarece que alguns argumentos repassados transmitem uma visão enganosa da realidade na estatal. Por exemplo, quanto ao monopólio dos Correios, que, hoje, corresponde apenas a cartas, malote e telegrama. O segmento de encomendas, como o Sedex, entretanto, sempre foi concorrencial”, informou.
Quanto ao reajuste dos preços dos serviços da estatal, a federação discorda de aumentos abusivos nos valores. “Já em relação ao argumento da ECT para esse reajuste, a respeito da segurança dos trabalhadores, a Fentect esclarece que não há nenhum benefício pago ao trabalhador por esse motivo, bem como nenhum adicional”.
Taxa extra 
No dia 6 deste mês, os Correios começaram a cobrar uma taxa extra de R$ 3 para encomendas com destino ao Rio de Janeiro. O motivo seria a elevação dos custos da entrega por causa da violência no município. No dia 9, entretanto, após decisão da Justiça Federal, a estatal suspendeu a cobrança.
Para a Fentect, a empresa não onera o governo federal ou o bolso do cidadão com arrecadação de impostos. “Ao contrário, é o governo quem tem retirado verbas da empresa, sem retorno, nos últimos anos, como da ordem de R$ 6 bilhões”, informou. “Com todos os erros e ingerências políticas na administração dos Correios, a direção da estatal promove essas e outras retiradas de direitos dos próprios trabalhadores, responsabilizando-os pelos danos da ECT.”

FONTE:http://atarde.uol.com.br/bahia/noticias/1942555-trabalhadores-dos-correios-iniciam-greve-por-tempo-indeterminado


domingo, 11 de março de 2018

TRABALHADORES DOS CORREIOS ENTRARÃO EM GREVE NESTE DOMINGO

Mobilização está prevista para iniciar na noite de domingo MARCELO G. RIBEIRO/JC 


Os trabalhadores dos Correios vão entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir das 22 horas do dia 11 de março, por todo o Brasil. A tomada da decisão foi aprovada em assembleias dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

A mobilização é contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS); a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; suspensão das férias dos trabalhadores; extinção do diferencial de mercado; descumprimento da cláusula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que trata da assistência médica da categoria, e contra a redução do salário da área administrativa.

O julgamento do plano de saúde está marcado para a próxima segunda-feira, dia 12 de março, no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

FONTE:http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/03/geral/615749-trabalhadores-dos-correios-entrarao-em-greve-neste-domingo.html



CORREIOS GERAM DANO MORAL POR CRITICAR SINDICALISTAS EM PUBLICAÇÃO INTERNA


Empregador que alardeia informação falsa em boletim interno, em prejuízo da imagem do sindicato de trabalhadores, pratica conduta antissindical e provoca danos morais. Assim entendeu a 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), ao condenar os Correios a pagar R$ 3 mil a uma empregada que atua como dirigente sindical.

Segundo ela, a empresa publicou uma notícia com o propósito de enfraquecer a força do sindicato. ‘‘Quem sofreu com o desconto dos dias parados na última greve foi você, trabalhador, e não o sindicalista, que agora volta a inflamar a categoria com discursos falsos’’, registrou o veículo Primeira Hora, depois de paralisações em 2013. 

A autora disse que o comentário é mentiroso, pois os dirigentes sindicais também tiveram descontos nos seus contracheques. Em contestação, a empresa estatal sustentou que o texto foi publicado seis meses após o término da greve e que não foi direcionado aos dirigentes sindicais, mas a todos os empregados, indistintamente.

A ré alegou ter procurado informar que o dirigente sindical, por estar com o contrato suspenso, não sofre as consequências do exercício do direito de greve, como os demais. Por isso, disse não ter ocorrido ofensa à honra, à imagem ou à vida privada, direitos de personalidade assegurados no artigo 5º da Constituição.

Sentença procedente
A juíza do trabalho substituta Sheila Engel, da 9ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, afirmou que o título do texto contraria o argumento de que não houve intenção dos Correios de atingir os dirigentes: ‘‘A maioria dos trabalhadores aceita a proposta, enquanto a minoria de sindicalistas distorce termos da proposta e leva mentiras ao trabalhador’’.

O conteúdo da publicação, prosseguiu a juíza, considera como irresponsável e inconsequente a atitude do sindicato em discutir acordo, cujo objetivo é ‘‘lançar intriga, causar confusão e prejudicar a categoria, em nome de interesses ocultos’’.

Para a julgadora, a empresa insuflou a categoria, de forma aberta, contra os representantes sindicais, o que configura conduta antissindical, em afronta ao direito fundamental da liberdade sindical, assegurado pelo artigo 8º da Constituição e também nas Convenções 98 e 135 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

‘‘É evidente, portanto, que a atitude da reclamada, na forma como posta a notícia, permeada de afirmações quanto à falta de idoneidade do sindicato e de seus representantes, pretendia incutir nos colegas da autora sentimento de desconfiança quanto ao Sindicato e com relação aos dirigentes, sendo presumível o constrangimento causado à reclamante advindo de tal situação’’, anotou na sentença.

O relator do recurso no TRT-4, juiz convocado Roberto Carvalho Zonta, disse que a publicação configura evidente tentativa de minimizar a atuação sindical e apresenta afirmação inverídica, pois o sindicato fez prova de que a dirigente reclamante sofreu desconto em seu salário por causa da greve. ‘‘Logo, entendo que a conduta da reclamada afeta direito da personalidade da autora, na medida que tenta inibir o exercício de atividade sindical constitucionalmente assegurado.’’


Sentença:




Acordão:






FONTE:https://www.conjur.com.br/2018-mar-10/correios-geram-dano-moral-criticar-sindicalistas-boletim




sexta-feira, 9 de março de 2018

NOTA DE UM CARTEIRO À BANDNEWS E AO RICARDO BOECHAT


Joel Arcanjo (CDD Irajá)
Por várias vezes tenho ouvido e assistido nos comentários feitos nesta emissora, opiniões que podem levar os seguidores a uma interpretação equivocada da situação dos Correios na relação com seus trabalhadores.

Sei que no auge de sua vaidade de âncora desta expressiva mídia, o senhor Ricardo Boechat pode desdenhar desta nota, pois como o acompanho de forma rotineira, sei da sua aversão ao que lhe opõe. Entretanto, mesmo que não dê atenção à nota, esta cumprirá seu objetivo de uma forma ou de outra.

Os Correios são uma empresa estratégica à soberania nacional dada sua capilaridade geográfica. Pelos Correios passam informações sigilosas e confidenciais garantidas pela legislação e seria uma temeridade entregar estas informações à guarda de um ente privado.

É um equívoco achar que os Correios sugam recursos governamentais, e que por isso seria um peso para a arrecadação de impostos, onerando os gastos públicos.

O que acontece é justamente o contrário. Os Correios todo ano repassam, para o governo, dividendos de seus resultados. Nos últimos anos, os repasses têm sido elevados (Na ordem de 6 bilhões), levando a empresa a uma descapitalização.

Outro equívoco é tentar medir as condições da assistência médica oferecida pela empresa aos seus funcionários, sem levar em conta a análise histórica de como se deu a construção desta cobertura. O Plano de Saúde é fruto de negociações coletivas de décadas e sua implantação foi como uma contrapartida aos baixos salários da categoria (o menor salário das estatais).

Foi uma espécie de anestesia á luta por melhorias salariais e uma resposta às condições de trabalho degradantes. Nossa luta não é só pelo Plano de Saúde, como de forma rasa é noticiado.

Outras pautas vão se acumulando, com um ataque a cada momento.

A eminência da desvalorização profissional e o risco da perda do emprego assolam os trabalhadores em cada ataque.

Fechamento de Agências próprias para abrir espaço para as franquias, com a ameaça de demissão dos Atendentes Comerciais, Extinção do cargo de Operador de Triagem e Transbordo, que é o profissional que movimenta o fluxo postal interno, substituindo por 
terceirizados, suspensão das férias já agendadas, trazendo prejuízos ao bem estar das famílias, fim da verba do diferencial de mercado, que funciona como um complemento salarial para equiparar ao meio privado, congelamento da contratação de funcionários concursados, 
ampliando a defasagem de pessoal e aumentado a falta de condições de trabalho e impossibilitando o cumprimento das metas de entrega, que cresceu com o advento das compras pela internet.

Não estamos à beira de uma greve por regalias como AUXÍLIO MORADIA.

Estamos usando a nossa última arma depois de tentar todos os tipos de negociações. Cobramos a transparência nas contas da empresa, nos gastos e contratos nebulosos sem qualquer critério. 

Não podemos ser penalizados pelos desmandos de candidatos aliados dos governos de plantão, derrotados nas eleições, que recebem como prêmio de consolação, a direção de empresas públicas, sem nada conhecer do negócio.

Creio que a Band, como concessionária pública, tem um compromisso com a verdade e com a imparcialidade da notícia e não vai se apequenar a um papel de agência militante de qualquer 
ideário político. Imagino que os dois lados devam ser ouvidos de forma isonômica.

Assisti uma longa entrevista do presidente dos Correios e do ministro Gilberto Kassab para darem suas versões, porém quando se trata de representante dos trabalhadores, as entrevistas não passam de 15 segundos. Isso não é democracia.
Estou à disposição para possíveis controvérsias e indico que procurem os devidos esclarecimentos com as representações sindicais.

Essa nota é de minha inteira responsabilidade e não expressa a opinião da entidade. 

Joel Arcanjo Pinto
Carteiro do CDD Irajá
Diretor da FENTECT - Federação Nacional de Trabalhadores dos Correios


FONTE: 

TST FAZ O JOGO SUJO E SE UNE À ECT CONTRA OS TRABALHADORES ECETISTAS



TST/ECT seguem nas suas pretensões de retirada de nossos direitos. Nosso plano de saúde foi uma conquista das lutas da década de 80 e vinha cumprindo o seu papel através do CORREIOS SAÚDE administrado pelo RH da empresa.

Durante todos esses anos, apesar de mal remunerados, tínhamos o plano de saúde como um benefício que, pelo menos, deixava a nossa família coberta no que tange a assistência médica.

E o que eles querem agora?

Além das péssimas condições de trabalho, falta de funcionários, suspensão das férias a partir de abril, e má renumeração, o TST junto com a ECT, vem com uma proposta indecorosa de pagamento de mensalidade. Isso mesmo! O que já estava ruim com o que ganhamos, irá nos prejudicar ainda mais com este famigerado desconto!!!

Tem como aceitar isso? A categoria não deve de maneira alguma, aceitar essa proposta, principalmente na iminência de perder, em médio prazo, o plano de saúde.

Pais e mães representam o bem maior dos trabalhadores e trabalhadoras e na hora que mais precisam serão retirados do plano.

Agora são os pais e mães que eles querem retirar, depois serão os aposentados/anistiados, e não tardará todos que estão na ativa saírem do plano, pois ficará impagável.

Por isso, é hora de, mais uma vez, declarar greve e lutar por um plano de saúde que corresponda aos anseios da categoria. Nesse sentido, temos que dar todo o nosso empenho para que, efetivamente, faça-se valer os nossos direitos conquistados, e você, com toda a certeza é parte desta luta.

Faça a sua parte: lute contra estas cobranças absurdas e autoritárias.
  
1) PELA MANUTENÇÃO DO ACT ASSINADO NO TST; 2) REJEIÇÃO DA PROPOSTA APRESENTADA PELO TST; 3) GREVE POR TEMPO INDETERMINADO A PARTIR DA 00:00h  DO DIA 12/03/2018.




NÃO RESTA OUTRA ALTERNATIVA

Ou você vem para luta e deixa o seu medo de lado, ou você estará na iminência de perder o emprego.

É isso mesmo companheiros e companheiras. A situação nos Correios chegou a tal ponto que, se não houver uma reação contrária e forte de toda a categoria, as pretensões nefastas de Guilherme Campos, irá acelerar o processo de privatização da nossa empresa e a garantia de todos os direitos e benefícios até aqui conquistados com muita luta, serão retirados, e por fim, o seu emprego.

Portanto, cabe a você fazer a sua parte, juntando-se aos que lutam contra:

* A extinção do cargo de OTT;
* Cobrança de mensalidades no plano de saúde e aumento de percentual  na co-participação;
* Retirada de pai e mãe do plano de saúde;
* Nova suspensão das férias a partir de 02/04;
*  Fim do pagamento do Diferencial de Mercado a partir de março;
* Fechamento das agências sombreadas e demissão motivada dos Atendentes Comerciais;
* Abertura do capital da ECT pelo ministro Gilberto Kassab (PSD);
* Contra o fim do monopólio postal.

PORTANTO, TEMOS MOTIVOS DE SOBRA PARA UMA GRANDE GREVE NACIONAL, POR TEMPO INDETERMINADO A PARTIR DA 00:00h DIA 12/03.


DIREITOS NÃO SE RETIRAM, DIREITOS SE AMPLIAM!
FORA GUILHERME CAMPOS! FORA TEMER! FORA KASSAB!
POR UM CORREIOS 100% PÚBLICO E DE QUALIDADE!

FONTE: