O câncer de próstata provoca
307 mil mortes no mundo todos os anos, de
acordo com a ONG britânica Cancer Care. Diante disso, a campanha
Novembro Azul vem para alertar sobre a necessidade de prevenção, já que o
sucesso do tratamento depende do estágio em que a doença é diagnosticada.
O radio-oncologista, Leonardo Pimentel explica que, se a
enfermidade for descoberta cedo, as chances de cura podem chegar a até 90%.
"O grande problema é que as pessoas tendem a imaginar que o câncer de
próstata é uma doença que não traz risco algum, quando na verdade pode se
espalhar e levar o indivíduo à morte”, destaca.
Como esse tipo de câncer não costuma apresentar sintomas no
estágio inicial, o radio-oncologista diz que é muito importante que o paciente
verifique se ele possui fatores de risco, como parentes que já tiveram a doença
ou hábitos de vida pouco saudáveis.
“A orientação do Ministério da Saúde é discutir a realização ou
não dos exames de rastreamento, que geralmente são o PSA ou o toque retal, com
o paciente. O recomendado é que os homens procurem seus médicos a partir dos 50
anos. Caso haja algum fator de risco 45 e, se ele possuir algum parente de
primeiro grau diagnosticado com câncer de próstata, o ideal é aos 40 anos”,
lembra.
No entanto, muitos homens postergam a sua ida ao
consultório por medo ou preconceito. Além do exame ser feito
apenas depois de confirmada a necessidade, Leonardo conta que o toque retal,
quando feito por um bom especialista, “é um exame indolor, com pouco
desconforto, realizado em poucos segundos e é mais eficiente, porque pode
detectar nódulos, o que não acontece com o PSA”.
Para tratar o câncer de próstata, Leonardo Pimentel diz que
existem três procedimentos, a cirurgia aberta ou robótica; a radioterapia
externa ou braquiterapia; e as condutas de vigilância ativa, que consistem
em um acompanhamento com exames até que seja necessário ou indicado um
tratamento.
O radio-oncologista ressalta que, se diagnosticado tardiamente,
esses procedimentos podem causar sequelas muito temidas pelos homens, como
disfunção erétil, infertilidade ou incontinência urinária. Dessa forma, é
imprescindível que o paciente fique atento e não deixe de conversar com o seu
médico. “Com o avanço das técnicas de cirurgia e radioterapia temos cada vez
menos casos de sequelas. A fisioterapia urológica também tem auxiliado muito.
Porém, é importante que a pessoa se conscientize em relação à prevenção”.
FONTE:http://hojeemdia.com.br/horizontes/sa%C3%BAde/novembro-azul-c%C3%A2ncer-de-pr%C3%B3stata-%C3%A9-segunda-maior-causa-de-morte-oncol%C3%B3gica-em-homens-1.424210