Problema no Postalis tem a ver com investimentos temerários’, diz entidade de fundos de pensão
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Presidente de associação nacional de participantes lamenta crise no instituto de previdência dos funcionários dos Correios.
RIO - A presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos
de Pensão (Anapar), Cláudia Muinhos Ricaldoni, lamentou a crise na qual
o Postalis está mergulhado, mas diz acreditar que a nova diretoria do
instituto de previdência dos funcionários dos Correios esteja empenhada
em recuperar a imagem da fundação, que, segundo ela, foi prejudicada por
conta de aplicações malfeitas da gestão anterior. Neste domingo, O
GLOBO mostrou que a Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc) e a Comissão de Valores Mobiliários investigam
fraudes e irregularidades na gestão do fundo, uma delas envolvendo uma
negociação que teve como intermediador o doleiro Alberto Youssef, preso
pela PF.
Como a Anapar tem acompanhado a crise no Postalis?
Com muita tristeza. A Previc fez um trabalho extenso e minucioso, no qual foi identificado alguns problemas nos investimentos, basicamente investimentos que descumpriram a legislação. Alguns limites legais de aplicação desse fundo de pensão foram ultrapassados, e isso o relatório da Previc diz com muita clareza.
Que tipo de limites?
Limite de aplicação em ações de determinada companhia, comprando mais do que a lei permite. Uma vez identificada essas ações, a Previc deu prazo para o Postalis tentar recompor a fundação. Embora eu ache que eles vão conseguir, isso certamente vai demorar, levando em consideração o nível de comprometimento de alguns investimentos.
E como eles podem se recuperar?
Eu sei que a diretoria que está lá agora tem feito um esforço sobre-humano para consertar essas questões pouco republicanas, vamos chamar assim.
Quais questões seriam essas?
Existe um problema no Postalis, que não tem a ver somente com o limite legal. Mas tem a ver com investimentos mais temerários, quando você expõe demais a entidade a risco, fazendo investimento em bancos de segunda linda. Você geralmente tem que fazer investimento em bancos de primeira linha, mais seguro. Postalis tem uma série de investimentos em bancos de segunda linha, como são chamados no mercado.
Você investiria no BNY Mellon, o banco que recebeu aporte de R$ 40 milhões do fundo intermediado pela gestora indicada pelo doleiro Alberto Youssef?
Eu não investiria lá, pois teria outras opções melhores de investimentos, na minha forma de pensar, que sou mais conservadora. Agora tem que ver o que levou o pessoal a fazer o investimento lá...
Como a Anapar tem acompanhado a crise no Postalis?
Com muita tristeza. A Previc fez um trabalho extenso e minucioso, no qual foi identificado alguns problemas nos investimentos, basicamente investimentos que descumpriram a legislação. Alguns limites legais de aplicação desse fundo de pensão foram ultrapassados, e isso o relatório da Previc diz com muita clareza.
Que tipo de limites?
Limite de aplicação em ações de determinada companhia, comprando mais do que a lei permite. Uma vez identificada essas ações, a Previc deu prazo para o Postalis tentar recompor a fundação. Embora eu ache que eles vão conseguir, isso certamente vai demorar, levando em consideração o nível de comprometimento de alguns investimentos.
E como eles podem se recuperar?
Eu sei que a diretoria que está lá agora tem feito um esforço sobre-humano para consertar essas questões pouco republicanas, vamos chamar assim.
Quais questões seriam essas?
Existe um problema no Postalis, que não tem a ver somente com o limite legal. Mas tem a ver com investimentos mais temerários, quando você expõe demais a entidade a risco, fazendo investimento em bancos de segunda linda. Você geralmente tem que fazer investimento em bancos de primeira linha, mais seguro. Postalis tem uma série de investimentos em bancos de segunda linha, como são chamados no mercado.
Você investiria no BNY Mellon, o banco que recebeu aporte de R$ 40 milhões do fundo intermediado pela gestora indicada pelo doleiro Alberto Youssef?
Eu não investiria lá, pois teria outras opções melhores de investimentos, na minha forma de pensar, que sou mais conservadora. Agora tem que ver o que levou o pessoal a fazer o investimento lá...