segunda-feira, 6 de agosto de 2018

BRASIL, UM PAÍS QUE MATA SUAS MULHERES


Por: Emerson Vasconcelos da Silva

Segundo estudos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, uma taxa de 4,3 mortes para grupo de 100 mil pessoas do sexo feminino, comparando as estatísticas da Organização Mundial de Saúde o Brasil ocupa o 7º lugar entre as nações mais violentas para as mulheres de um total de 83 países.

Esses dados expõem a fraca legislação que existe em nosso país, o menosprezo do estado é claro nos desenvolvimentos de leis severas que punam de verdade o agressor, sabemos que muitos desses crimes não acontecem do dia pra noite, e que históricos que levaram a morte de muitas mulheres, se arrastam em delegacias e tribunais brasileiros, as vítimas se tornam reféns do medo, pela ineficácia de nossa justiça e por isso vivem em relações conjugais eternas, por medo de denunciar seus algozes.

Vivemos um drama social, um “Generocídio” motivado por MACHISMO e sentimento de posse, na maioria dos casos no Brasil a vítima tinha laço afetivo com o agressor, com quem era casada ou namorava, onde o motivo para a agressão era o pedido de separação do casal.

Faz-se necessário que a sociedade lute para acabar com esse ciclo de violência, e que nosso país crie leis que realmente proteja nossas mulheres, temos que identifica vários tipos de violência contra a mulher, entre elas a física, psicológica, simbólica, sexual, nos direitos reprodutivos, a patrimonial, econômica e a midiática (com estereótipos nos meios de comunicação).

Temos que exigir do estado que estabeleça a obrigação de políticas preventivas e de formação em nossas escolas de combate ao machismo e a violência contra as mulheres.

Sabemos que alguns esforços foram feitos para combater a violência contra as mulheres, como a lei Maria da Penha e a qualificação do crime em FEMINICIDIO, mas há muito para fazer ainda, pois essas leis não se mostraram eficazes ainda.

As mulheres têm que lutar para quebrar esse ciclo de violência e fazer denúncias. “Se opuser a essa conduta pode significar evitar a morte. Toda mulher que sofre deve caminhar para a libertação dessa violência. Cada um de nós é responsável diretamente por não combater ou denunciar essas práticas cruéis e medievais que aniquilam nossas mulheres...

“Se calar, também é apertar o gatilho, não se omita, denunciei”

Mulher...
Que sejas sempre lembrada,
não apenas por um dia,
mas no dia a dia...
Que sejas festejada,
não por convenção,
mas pelo seu valor,
sua força, seu coração.
Que sejas respeitada
com todo carinho,
e todo amor...
Hoje e sempre!

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