terça-feira, 16 de junho de 2020

HOMEM É PRESO AO BUSCAR ENCOMENDA COM DROGAS EM AGÊNCIA DOS CORREIOS, NO PARANÁ



Suspeito foi preso em flagrante por tráfico de drogas na segunda-feira (15)

Um homem de 43 anos foi preso ao buscar uma encomenda com drogas sintéticas em uma agência dos Correios, em Umuarama, no noroeste do Paraná.
De acordo com a Polícia Civil, ele foi preso em flagrante ao sair da agência na segunda-feira (15).
O pacote continha 49 balas de LSD e 12 gramas de metolona em pó, substância que tem o princípio ativo do ecstasy, segundo a polícia.
A Polícia Civil informou que o suspeito usou os Correios para “diversificar” a forma de traficar drogas durante a pandemia.
O caso será investigado pela polícia.



sexta-feira, 12 de junho de 2020

AMAZONAS ENERGIA FIRMA PARCERIA PARA PAGAMENTO DE CONTAS EM AGÊNCIAS DOS CORREIOS

Clientes da Amazonas Energia agora podem pagar contas em agências dos Correios. — Foto: Divulgação


A Amazonas Energia anunciou que os consumidores já podem efetuar o pagamento de contas de energia em qualquer agência dos Correios da capital e interior do estado. A concessionária de energia informou, nesta sexta-feira (12), que assinou contrato com os Correios para ampliar rede de serviços ao consumidor.

O pagamento da fatura de energia nas agências dos Correios está disponível tanto para clientes pessoa física quanto para clientes pessoa jurídica.

Conforme a distribuidora, as mudanças no atendimento fazem parte do Programa de Transformação que vem sendo implementado para, dentre outras coisas, melhorar o atendimento ao cliente, como otimizar o tempo de espera para atendimento.

Além desta nova parceria com os Correios, a Amazonas Energia ressaltou que conta com atendimento digital para pagamento de faturas, negociações e parcelamentos de débitos. Esses e outros serviços podem ser acessados pelo aplicativo ou site www.amazonasenergia.com ou por meio do telefone 0800 701 3001.





terça-feira, 9 de junho de 2020

SINDICATO DIZ QUE TRABALHADORES DOS CORREIOS QUE TIVERAM CONTATO COM OS QUE TESTARAM POSITIVO PARA COVID-19 NÃO FORAM DISPENSADOS EM MT

Correios — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso


O sindicato denuncia ainda que a empresa não liberou e nem encaminhou para a realização dos testes os trabalhadores, conforme determinação da juíza da 1ª Vara do Trabalho de Cuiabá, Dayna Lannes Andrade, em Ação Civil Pública ajuizada pelo sindicato.


O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais de Mato Grosso afirma que sete trabalhadores testaram positivo para Covid-19 e outros nove aguardam o resultado dos exames.

G1 entrou em contato com a assessoria dos Correios, mas ainda não obteve resposta.

Os casos foram registrados no Centro de Distribuição Domiciliar - CDD Cristo Rei, em Várzea Grande (1 caso); Centro de Distribuição Domiciliar - CDD CPA, em Cuiabá (2 casos); Centro de Distribuição Domiciliar - CDD Coxipó, em Cuiabá (2 casos); Centro de Entregas e Encomendas - CEE (1 caso); Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas - CTCE (1 caso); Sorriso (1 caso). Pontes e Lacerda (4 casos, sendo 3 confirmados e um aguardando resultado dos exames), Nova Mutum (4 casos, sendo um confirmado e três aguardando resultado).

Nesta segunda-feira (8), o Corpo de Bombeiros realizou a desinfecção do CTCE de Várzea Grande, mas não foi constatada a desinfecção do CDD Cristo Rei, onde foi confirmado o caso da Covid-19.

O sindicato denuncia ainda que a empresa não liberou e nem encaminhou para a realização dos testes os trabalhadores, conforme determinação da juíza da 1ª Vara do Trabalho de Cuiabá, Dayna Lannes Andrade, em Ação Civil Pública ajuizada pelo sindicato.

Em seu despacho a juíza determina “a suspensão das atividades onde tenham sido confirmados casos de Covid-19, a testagem de todos os trabalhadores, os trabalhadores devem ser mantidos em trabalho remoto, sem prejuízo da remuneração, até que os resultados sejam entregues”, disse o presidente do Sindicato Edmar Leite, acrescentando que os derem negativos serão liberados para retornar ao trabalho.
Conforme a decisão judicial, os testes devem ser custeados pela empresa. A magistrada explica que os testes são necessários já que os empregados com teste positivo para Covid-19 trabalharam até a realização do exame, com livre circulação no ambiente de trabalho, sendo possível, portanto, que o vírus tenha sido transmitido.

A desinfecção do local deve ser realizada por empresa especializada, conforme as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso a empresa não cumpra as determinações da Justiça do Trabalho, pagará multa de R$ 50 mil.

Os advogados do Sindicato reclamaram na Justiça do Trabalho alertando para o descumprimento da liminar.

Na reclamação, os advogados esclarecem não é interesse do sindicato “penalizar a empresa pecuniariamente”, ainda mais nessa crise sanitária em que se encontra o mundo, mas “é preciso que não apenas as instituições sejam respeitadas, mas as vidas dos empregados que a empresa é obrigada a zelar, bem como dos usuários”.

Os advogados do sindicato requereram na Justiça a intimação do representante dos Correios para que cumpra a liminar em sua integralidade sob pena da aplicação da multa ou outras medidas que se fizerem necessárias para cumprimento da decisão judicial.



terça-feira, 28 de abril de 2020

Nota do MRL Contra o Descaso da ECT Frente à Pandemia


Desde o início da pandemia da Covid-19 a direção da ECT vem apresentando vários ofícios no sentido denormatizar as ações junto a sua força de trabalho. Estas ações vêm no lastro do decreto 10282/2020 e memorando circular 172/2020/SEI-MCTIC.



Infelizmente quase tudo que foi apontado no papel não passou de palavras.
O MRL, que compõem com seus quadros a direção da FENTECT, tem participação ativa nas muitas lutas que acontecem no campo jurídico e político, no enfrentamento ao descaso da direção da ECT.

Repudiamos toda a incompetência da ECT na disposição em abastecer as unidades dos insumos básicos à proteção, como álcool gel, máscaras e luvas, além da garantia de espaço seguro, seja pela desinfecção, sejam pela garantia da distância segura entre os trabalhadores e também dos clientes. Outro ataque significativo é a tentativa insana em obrigar o retorno dos trabalhadores que coabitam com familiares em grupo de risco e com filhos afastados da escola que estão em distanciamento social, executando trabalho remoto. A pressão dos chefes tem gerado um clima péssimo, já que em grande parte, são ações ilegais.

Em uma medida sorrateira conseguiu uma liminar suspeita com a presidente do TST para suspender os adicionais dos afastados em serviço, mesmo contrariando o que diz seu manual. Uma tentativa de coagir os trabalhadores ao retorno. As medidas cabíveis já estão sendo tomadas.

No momento que começam aparecer por todo país vários casos de ecetistas com suspeitas e confirmações da doença, além da grande quantidade de óbitos, parece que a única preocupação do general e seus comandados são o lucro, mesmo que ao custo de vidas.

Para o MRL o momento é de medidas emergenciais sérias e uma mobilização de todos para que não se percam mais vidas. Temos que fortalecer as ações políticas da categoria, mesmo que afastados, além de garantir o cumprimento das liminares ganhas pela federação e sindicatos. Não é momento de relaxar e baixar a guarda. Vamos seguir lutando com todas as forças.


FONTE:


quarta-feira, 1 de abril de 2020

CORREIOS ESTÁ COM 4.462 VAGAS PARA PROGRAMA JOVEM APRENDIZ

(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos publicou nesta segunda-feira (30) no Diário Oficial da União o edital de abertura para o processo seletivo do programa de Jovem Aprendiz dos Correios. Ao total são 4.462 vagas e formação de cadastro reserva para todos os estados. Para o Distrito Federal, são 158 vagas distribuídas nos Correios de Taguatinga (DF) e Gama (DF). A relação de vagas e cidades está disponível no site. 

As vagas deste ano são para assistente administrativo e assistente de logística. O participante selecionado terá uma jornada de trabalho de quatro horas diárias totalizando 20 horas semanais. O programa de aprendizagem é dividido entre um curso técnico-profissional e a fase prática que será trabalhar dentro das dependências dos Correios sob a supervisão de algum colaborador. 

Podem participar jovens com idades entre 14 e 22 anos. Para participar é preciso preencher um formulário com dados pessoais e selecionar o turno e a localidade que deseja. A inscrição é gratuita e deve ser realizada apenas no site a partir desta terça-feira (31) até 30 de abril. O programa tem duração de um ano e pode ser prorrogado por igual período. Confira o edital completo.

FONTE: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/trabalho-e-formacao/2020/03/31/interna-trabalhoeformacao-2019,841466/correios-esta-com-4-462-vagas-para-programa-jovem-aprendiz.shtml
















segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

POR QUE PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS PROMETE SER A MAIS DIFÍCIL DO GOVERNO BOLSONARO

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foi criada em 1969, durante a ditadura militarFoto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil / BBC News Brasil


Emendou, porém, que "há dificuldades" para a venda da estatal e que o processo não poderia prejudicar os servidores, que hoje somam 105 mil.

Fundada em 1969, durante a ditadura militar, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) foi uma das 9 incluídas em agosto do ano passado no pacote de privatizações do governo.

Desde então, se encontra na primeira fase do processo, em estudo pela equipe do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e do Ministério da Economia.

Em Davos, no mês de janeiro, o ministro Paulo Guedes afirmou a investidores que a intenção é privatizar a empresa no máximo até 2021. Também no Fórum Econômico Mundial, reuniu-se com o presidente da multinacional americana UPS, que supostamente estaria interessada na estatal brasileira.

Ainda não há, contudo, um projeto concreto ou um indicativo do modelo de privatização que o governo planeja adotar com os Correios.

Como em qualquer privatização, a discussão sobre a venda da empresa é polêmica e divide economistas. Aqueles contra e a favor, porém, concordam em um ponto: ela é provavelmente a mais difícil da lista.

As razões vão desde o longo trâmite no Legislativo, já que exige uma mudança na Constituição, a questões práticas, como a estratégia para garantir que as regiões menos rentáveis para o setor privado, de mais difícil acesso, continuem sendo atendidas.

A seguir, a BBC News Brasil explica 4 desses motivos e mergulha nas contas da empresa para entender como anda a saúde financeira da estatal.

Gráfico com resultado dos CorreiosFoto: BBC News Brasil

































Antes da venda, a quebra do monopólio

Os Correios têm o monopólio de parte do mercado — como o de cartas e impressos — assegurado pela Constituição.

Qualquer processo de desestatização da companhia teria que passar primeiramente pela quebra desse monopólio, que precisa ser aprovado pelo Congresso.

E as experiências mais recentes mostram que não é fácil reunir maioria no Legislativo: lançada ainda no governo Temer, em janeiro de 2018, a proposta de privatização da Eletrobras não conseguiu passar das primeiras fases de tramitação na Câmara.

Em novembro de 2019, o governo Bolsonaro enviou novo Projeto de Lei para tentar viabilizar a desestatização da empresa, com texto semelhante ao anterior. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já adiantou que a resistência é grande na Casa.

Além do Brasil, países como os Estados Unidos ainda mantêm o monopólio dos Correios, que tem entre suas origens uma questão de segurança em um período em que a maior parte das comunicações de longa distância era realizada por meio de cartas.

Correios somam cerca de 105 mil funcionários — quase um quinto do total do USPS nos EUA, que tem 496 mil empregadosFoto: Fernando Frazão/Ag. Brasil / BBC News Brasil






















Parte do mercado americano já foi liberalizada, mas a prerrogativa de entrega das chamadas "first class mail" e o acesso às caixas de correios dos americanos são exclusivos da empresa — companhias privadas como Amazon e Fedex têm de deixar seus pacotes em outro lugar.

A possibilidade de privatização chegou a ser discutida em diversas ocasiões, inclusive no governo Trump, e é defendida por parte dos economistas, mas não há qualquer sinalização concreta nesse sentido — apesar dos prejuízos consecutivos que a empresa registra há 13 anos, desde 2007.

Com 496 mil funcionários — quase 5 vezes o total dos Correios no Brasil —, o United States Postal Service (USPS) está entre os maiores empregadores dos Estados Unidos e goza de prestígio entre os americanos.

Em uma pesquisa divulgada em outubro de 2019 pelo Pew Research Center, o Serviço Postal teve a maior nota no ranking que media a percepção da população em relação às agências federais, à frente inclusive da Nasa e do FBI.

GráficoFoto: BBC News Brasil
































O problema das dívidas

Os Correios têm um passivo acumulado de R$ 6,8 bilhões com o plano de Previdência dos servidores, o Postalis, e o CorreiosSaúde, o plano de saúde dos funcionários.

Para a economista Elena Landau, que coordenou parte das privatizações feitas durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o governo precisará de uma estratégia bem definida sobre o que fará com essas (e outras) obrigações se quiser atrair boas ofertas para uma eventual privatização.

Ela lembra o caso da Rede Ferroviária Federal, a RFFSA, em que o Tesouro assumiu a dívida de cerca de R$ 13,6 bilhões da empresa e um passivo judicial estimado em quase R$ 7 bilhões para viabilizar a venda.

No caso dos Correios, as cifras em si não são a única questão.

O Postalis tem sido alvo de denúncias de corrupção há anos. Desde 2015, foi objeto de pelo menos quatro operações da Polícia Federal: Positus, Greenfield, Pausare e Rizoma.

Protesto de cotistas do Postalis em 2018: funcionários questionam na Justiça pagamento de alíquota extra para cobrir déficitFoto: José Cruz/Ag. Brasil / BBC News Brasil






















Todas, de maneira geral, apuram fraudes na gestão dos recursos, com desvio de verbas para favorecer dirigentes, instituições financeiras, empresas de avaliação de risco, gestores e empresários, o que, em última instância, causou prejuízos milionários ao fundo.

As denúncias levaram a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia, a intervir entre 2017 e 2019 no Postalis.

A indicação para a direção do fundo é tradicionalmente feita pela diretoria dos Correios. Nesse período, entretanto, ele passou a ser administrado por um interventor, que permaneceu na posição, entre outras razões, para ajudar a elaborar um plano de recuperação das contas.

Ainda que a intervenção tenha se encerrado no último mês de dezembro, o mais recente parecer de auditoria independente realizado nas demonstrações contábeis dos Correios, as relativas ao terceiro trimestre de 2019, destaca que "os desfechos dessas investigações e eventuais efeitos às demonstrações financeiras ainda não são totalmente conhecidos".

Ou seja, o fundo continua sendo um risco para as finanças da empresa.

Um das razões apontadas é o fato de que as cobranças extraordinárias que estão sendo feitas a parte dos 100 mil beneficiários para cobrir o déficit decorrente da má gestão são questionadas na Justiça.

Se a empresa eventualmente perdesse a causa, teria que desembolsar mais para garantir os pagamentos.

Além da questão dos benefícios previdenciários, o parecer destaca que a empresa responde a um "volume relevante" de ações de natureza cível, fiscal, trabalhista e criminal que não estão "adequadamente divulgados nas demonstrações financeiras" — e que, em última instância, também podem representar um passivo relevante.

Garantir o serviço em todo o território nacional

Uma particularidade de uma eventual privatização dos Correios é a necessidade de garantir que todas as regiões do país permaneçam assistidas, especialmente as que estão mais distantes dos grandes centros.

"Que companhia privada, que visa maximizar seus lucros, terá interesse em manter postos de coleta em localidades do Brasil profundo? Quem vai arcar com este custo?", pondera o economista Caetano Penna, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Hoje, em alguns locais do país, os Correios são a única empresa que realiza entregas de mercadorias, apesar de não haver monopólio nesse setor — e o faz com tarifas menores e mais homogêneas, diz o professor do Insper Sergio Lazzarini.

Essa foi a constatação de um estudo feito por um de seus alunos no curso de economia sobre e-commerce em favelas.

A privatização, avalia Lazzarini, tenderia a tornar os preços mais alinhados aos de mercado.

"Aí o governo deve se preparar para lidar com reclamações de segmentos da população em áreas mais complicadas (em termos de acesso) e/ou de empreendedores que se beneficiam das tarifas mais baixas dos Correios."

Hoje, principal receita dos correiosFoto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil / BBC News Brasil






















Para o economista, não seria preciso necessariamente uma estatal para cumprir uma função que pode ser vista como "social" e pela qual o setor privado não se interessa.

O governo poderia, por exemplo, estabelecer subvenções aprovadas em Orçamento para incentivar empresas privadas a entregar em áreas mais difíceis ou remotas.

"Só que esse tipo de política requer um complexo aparato regulatório, o que demanda tempo e recursos", pondera Lazzarini.

O Coordenador de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Armando Castelar, também avalia que o subsídio direto é preferível a manter uma estatal deficitária.

E lembra, ainda, que nas privatizações das estatais de telecomunicação havia regras específicas de universalização do serviço, para garantir que as empresas atenderiam todo o país — o que poderia ser um outro caminho.

O economista reconhece, entretanto, que a privatização dos Correios é complexa.

"Mais até do que Embraer e CSN (Companhia Siderúrgica Nacional)", ele diz, referindo-se a estatais antes consideradas "imprivatizáveis" — e que foram vendidas na década de 1990.

No caso dos Correios, entretanto, a dificuldade seria mais operacional, pelas razões citadas acima — no caso de Embraer e CSN, o principal "problema" era convencer a opinião pública, bastante refratária às privatizações de forma geral.

Para Castelar, no momento atual, a desestatização tem aceitação popular "muito maior".

Tema divide o próprio governo

Outra questão relevante é a aparente falta de consenso dentro do governo sobre a privatização da estatal.

Em agosto do ano passado, em uma audiência pública na Câmara, o ministro da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovação (MCTIC), Marcos Pontes, afirmou que não havia "nenhum processo de desestatização" da empresa.

Bolsonaro anuncia novo presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, em junho de 2019: antecessor teria agido 'como sindicalista', segundo o presidenteFoto: Antonio Cruz/Ag. Brasil / BBC News Brasil





Cerca de meia hora depois, o presidente Jair Bolsonaro disse em evento em São Paulo que o governo privatizaria os Correios.

Dois meses antes, em junho, Bolsonaro demitira o então presidente da estatal, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, por ter, em sua visão, se comportado "como sindicalista" quando disse, também em uma audiência pública na Câmara, que a empresa não seria privatizada.

Na avaliação da economista Elena Landau, o próprio presidente se comunica de forma "dúbia" sobre o assunto.

Fala que a privatização dos Correios é prioridade, para posteriormente declarar que há "dificuldades".

Para ela, o fato de não haver um "ministro responsável" pelo tema — na Casa Civil ou nas Relações Institucionais, por exemplo —, encarregado de negociar de forma mais próxima com o Congresso, é um indicativo de que falta senso de urgência no governo.

"Eles tentam fingir que o governo é privatizante."

Os Correios dão prejuízo?


A estatal tem um prejuízo acumulado de cerca de R$ 2,7 bilhões, como mostram as mais recentes demonstrações contábeis da empresa.

As contas ficaram no vermelho por quatro anos consecutivos entre 2013 e 2016, chegaram a se recuperar nos dois anos seguintes, mas voltaram a piorar no ano passado.


Entre janeiro e setembro, último dado disponível, o resultado foi negativo em R$ 232 milhões.
GráficoFoto: BBC News Brasil


































Para o cientista social Tadeu Gomes Teixeira, que já trabalhou nos Correios e estudou a empresa em seu doutorado, a estatal faz uma boa gestão das unidades operacionais — a logística para a entrega de cartas e encomendas —, mas peca na governança.

Nesse sentido, pesa um fator que é muito comum às estatais, mas que, em sua avaliação, se intensificou nos Correios a partir dos anos 2000: as nomeações políticas.

Durante o governo petista, sindicalistas ligados ao partido passaram a ocupar cargos de gerência e, principalmente a partir de 2011, membros da sigla assumiram o alto escalão da companhia. O chamado "escândalo dos Correios", em 2005, foi um dos episódios que desencadeou o mensalão.

A crise operacional que a empresa vive — que se manifesta, em última instância, em atrasos nas entregas, por exemplo — é resultado de uma crise política, ele avalia.

Lazzarini, do Insper, pondera que é "sempre possível reorganizar as estatais para que elas se alinhem às práticas operacionais e de governança das empresas privadas".

"Mas a tentação dos governos, em geral, é aquiescer à pressão dos funcionários e políticos que usam essas estatais como cabides de emprego", completa.

Para Teixeira, um "primeiro caminho" para os Correios seria a abertura do capital da empresa.

A estreia na bolsa de valores, diz o professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), permitiria um escrutínio maior das contas da empresa e incentivaria a adoção de práticas de governança mais condizentes com as de mercado.

A experiência internacional, segundo ele, mostra que há várias formas bem-sucedidas de privatizar. A grande maioria delas, entretanto, leva tempo.

Na Alemanha, por exemplo, o processo durou mais de 15 anos, como relata o sociólogo em sua tese. Em 1989, o Deutsche Bundespost, então público, foi divido em três empresas diferentes — de serviços postais, financeiros e de telecomunicações, transformadas, durante a década de 90, em sociedades de economia mista, inicialmente controladas pelo Estado.

O mercado foi sendo gradualmente aberto a partir de 1998 até que, em 2005, investidores privados tornaram-se sócios majoritários do Deutsche Post World Net, hoje a DHL.

Para Teixeira, "a possibilidade de extinção dos Correios, considerada por Bolsonaro, mostra desconhecimento sobre o setor", diz ele, referindo-se a uma declaração do presidente dada em janeiro deste ano sobre a possibilidade de "liquidação" da companhia.

Há ainda casos em que as privatizações, anos depois realizadas, despertam críticas de parte da sociedade, seja por causa de aumento de preços ou de piora na prestação de serviços — Portugal e Reino Unido, por exemplo, que venderam suas respectivas estatais em 2013, hoje discutem a possibilidade de renacionalização.

Daniel Cunha, diretor de desestatização do Ministério da Economia, diz que "nenhuma possibilidade" foi descartada: seja abertura de capital ou venda parcial ou total da companhia — cada modelo será estudado, diz o economista, assim como as "melhores práticas" internacionais.

Em entrevista à BBC News Brasil, ele afirmou que o processo ainda está em fase "bastante preliminar". Por ora, um comitê interministerial, formado, além da pasta da Economia, pela Ciência e Tecnologia, pelo PPI e pelo BNDES, realiza os primeiros estudos.

Ainda não há, por exemplo, um diagnóstico sobre a situação atual da empresa — o que deve acontecer na sequência, com a contratação de uma consultoria para fazer a análise.

Apesar de o projeto ainda ser embrionário, o diretor diz acreditar ser possível cumprir a meta estipulada pelo ministro Paulo Guedes, de privatização até o fim de 2021. "Ou começo de 2022."





quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

DIA DO CARTEIRO - COMEMORAMOS A RESISTÊNCIA E LUTA



Dia do Carteiro.

Comemoramos a Resistência e Luta

Dia 25 de Janeiro, comemoramos 357 anos de serviços postais e também, a consolidação dos Correios como uma das principais instituições nacionais, como reconhecimento internacional. Esse reconhecimento não é fruto da ação isolada, deste ou daquele indivíduo, mas sim, do conjunto de ações e empenho coletivos, por todos estes anos de existência é inegável o papel dos Correios no desenvolvimento do país e de seu povo, integrando e levando soberania . Criando uma identidade com a sociedade.

Comemoramos também o dia do Carteiro, figura icônica que excita o imaginário do povo em suas músicas, poesias e estórias, contagiando nosso cotidiano .

Como alguém em sã consciência tem a desfaçatez de imaginar que o conjunto de ataques deferidos contra a categoria poderia ser minimizados por meras palavras retóricas?

Como imaginar que um ataque tão vil como o aumento abusivo das mensalidades do plano de saúde passaria incólume?

O presidente general deveria ter ficado calado. 

Ele não tem a mínima condição para dirigir aos carteiros suas sinecuras. Deveria pedir pra sair de onde nunca deveria ter entrado. Faça este favor aos Correios e a si mesmo. Pra quê este desgaste e constrangimento? Por alguns penduricalhos?

Este senhor tem a audácia de escrever que o carteiro é o “símbolo”que“cumpre a missão de Correios “,mas em sua verdadeira face, age como um carrasco contra os mesmos que cita admirar, impingindo de forma sórdida a redução de suas subsistências .

Esse é o dia de carteiros mais empobrecidos e decepcionados. Carteiros não vivem de palavras bonitas, general!

Não queremos seu agrado. Queremos o reconhecimento por tudo que construímos durante todos estes anos , para que oportunistas de plantão tentem fazer suas experiências. Palavras e atitudes vazias não representam nada. Fique com suas palavras ou mude suas atitudes se quer ser lembrado. Outros tantos aventureiros já passaram e nós continuamos aqui.

Os carteiros são heróis anônimos que levam todos os dias algo que é desejado por quem manda, por quem recebe, ou por ambos. Nossa resposta será nossa resistência e luta contra toda tentativa de ludibrio e desmoralização .

A História é Implacável e Não Perdoa Os Maus.

(Uma singela resposta a palavra do presidente general)

Por: Joel Arcanjo Pinto - Carteiro do CDD Irajá - RJ
         

FUNCIONÁRIOS DOS CORREIOS SINALIZAM NOVA GREVE PARA 18 DE MARÇO


Após disputas judiciais envolvendo o plano de saúde de funcionários dos Correios e a vigência do acordo coletivo, a categoria sinaliza nova greve a partir de 18 de março.

A Findect (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios) e a Fenect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios) divulgaram nesta terça-feira (28) que devem orientar os sindicatos a aderirem à paralisação, alinhados à convocação das centrais sindicais.

Na última quinta-feira (23), o ministro Luiz Fux, vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu os efeitos de decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) favorável aos funcionários dos Correios até que ocorra o trânsito em julgado do dissídio coletivo de greve.
O julgamento dos embargos de declaração do dissídio coletivo deve acontecer no dia 17 de fevereiro, no TST, em Brasília.

"Diante do descumprimento do acordo coletivo e do reajuste imposto pelo STF de quase 100%, os trabalhadores dos Correios deliberaram hoje por uma greve a ser construída nacionalmente", afirmou a Findect.

Em outubro, o TST decidiu que os Correios pagariam 70% do valor do plano de saúde, enquanto os titulares pagariam 30%. No mês seguinte, o ministro Dias Toffoli, do STF, deu liminar suspendendo decisão do TST e determinando a coparticipação de 50% no plano de saúde.

Na última semana, o TST decidiu, por meio de liminar, suspender os efeitos de um ato administrativo dos Correios (motivado pela liminar de Toffoli) e voltar à divisão inicial, de 70% para a empresa e 30% para os funcionários.

Fux, então, derrubou essa decisão do TST até que houvesse o julgamento dos embargos de declaração do dissídio coletivo.





terça-feira, 28 de janeiro de 2020

ASSALTO NA AGÊNCIA DOS CORREIOS EM JOÃO PESSOA



Uma agência dos Correios foi assaltada na manhã desta segunda-feira (27), em João Pessoa.

De acordo com informações da TV Cabo Branco, três bandidos invadiram o estabelecimento localizado no mercado público do bairro de Mangabeira e foram até o setor administrativo para exigir o pagamento de uma quantia de R$ 50.000,00.

Acontece que os funcionários não tinham o valor.

Os bandidos levaram R$ 400,00.

Por causa do assalto, o serviço de atendimento ao público foi suspenso durante todo o dia.