O novo presidente dos
Correios, Floriano Peixoto, disse nesta segunda-feira (24) que ainda não está
conversando sobre uma eventual privatização da estatal. Ex-ministro da
Secretaria-Geral, Peixoto afirmou, logo após tomar posso no comando dos Correios,
que o objetivo dele é "fortalecer" a estatal e fazê-la
"crescer".
General da reserva do
Exército, Floriano Peixoto deixou o cargo no primeiro escalão do governo Jair
Bolsonaro para assumir a presidência dos Correios. Ele foi empossado pelo
presidente da República para a chefia da estatal nesta segunda-feira em uma
cerimônia no Palácio do Planalto.
Nos Correios, ele vai
substituir outro militar, o general Juarez Cunha, que foi demitido acusado pelo
presidente da República de agir como um "sindicalista".
Bolsonaro anunciou a demissão de Juarez Cunha em
um café da manhã com jornalistas realizado uma semana antes da oficialização da
troca de comando na estatal. Na ocasião, o presidente mencionou o fato de o
então presidente dos Correios – que havia sido nomeado para o cargo durante o
governo Michel Temer – ter se manifestado contrário à privatização da empresa
pública.
"Não estamos ainda
falando em nada de privatização, nada. Como eu disse, a minha intenção é ir
para lá trabalhar para fortalecer, para fazer a empresa crescer, ficar mais
gigante ainda do que ela é. Fortalecer financeiramente e com referenciais de
eficiência que tornem a empresa de novo um orgulho para todos nós. Recuperar a
credibilidade, que é uma empresa da idade do Brasil e tem que ter, ela faz
parte da nossa história", declarou Floriano em uma entrevista coletiva
concedida no Palácio do Planalto depois de tomar posse como presidente dos
Correios.
Recém-empossado na
presidência do Correios, Floriano Peixoto afirmou que ainda não foi até a empresa.
“Não posso ousar em dizer que vou fazer algo [mudanças] sem conhecer”,
declarou. Ele acrescentou que vai conversar com dirigentes da estatal para
estabelecer metas para os Correios.
Questionado sobre se a
empresa não será vendida caso volte a crescer, Floriano Peixoto disse não pode
assegurar isso.
"Uma coisa de cada
vez. Vamos trabalhar para a empresa crescer. É isso que todos nós queremos. O
Correio é do Brasil, é uma empresa nossa, e que nós temos muito orgulho",
enfatizou.